Advertising LX

Advertising LX - Tudo o que uma mulher sempre quis.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Delta com Markl

Caríssimos Leitores:
É a campanha nacional do momento. Nada como associar uma das marcas portuguesas com maior nome no mercado a um génio do humor feito em Portugal.
A Delta Cafés decidiu voltar aos anúncios televisivos e apresenta a sua campanha com a assinatura “Nova embalagem, o aroma de sempre”. Onde a mensagem a passar é a da alteração da embalagem clássica para uma mais moderna.
O filme é produzido pela Euro RSCG e da Show Off Films e destaca-se pelo humor, onde este retira obviamente partido da graça natural emanada pelo senhor Nuno Markl. O filme é realmente divertido, desde a banda sonora, às situações parvas provocadas pelo sono matinal (pasta de dentes no cabelo, creme da barba nos sovacos ou clips no aquário) passando pela miúda gira presente, já conhecida como “A gáija muita bóuá que aparece no reclame dos cafés Markl
Neste caso, o importante é que o consumidor compreenda que a embalagem mudou, mas a qualidade do café é a mesma.
Porém fica a pergunta no ar: “será o target da campanha, o mesmo target do produto?”
Advertising Lx

quinta-feira, setembro 21, 2006

Plágio - Campanha M.A.I.

Voltando um pouco atrás no tempo, trago aqui ao blog a questão da campanha do Ministério da Administração Interna apoiada pela Galp.
A polémica apareceu de todos os lados. A frase “Todos os anos a velocidade nas estradas vitima um avião cheio de crianças. Este ano ajude-nos a evitar uma tragédia. Reduza a velocidade” deixou os profissionais ligados ao mundo da aviação, chocados e a dizer que o anúncio feria o seu profissionalismo.
As vozes de alguns cidadãos também se insurgiram contra a campanha, pelo demasiado choque que esta provoca junto da população. O M.A.I. defende-se dizendo que o objectivo é mesmo esse.
A responsável da campanha foi a BBDO e o seu custo foi dividido entre o M.A.I. com 1 milhão de euros, e a Galp Energia, com uma comparticipação de 500 mil euros.
Agora a polémica: uma campanha contra a malária foi realizada em Inglaterra durante Dezembro 2005, que tinha como assinatura o seguinte: "Imagine like filling seven Boeing 747s with children and crashing them into the ground every day", e onde as imagens da campanha eram em tudo semelhantes a nossa. As crianças a entrar no avião algo sorridentes… A BBDO diz que a ideia é completamente original.
Eu acho que era a coincidência do século, e custa-me a compreender como é que um gigante como é a BBDO se sujeite a este tipo de problemas.
Para a vossa verificação deixo-vos o link da campanha inglesa, assim como o da campanha nacional.
http://www.worldswimformalaria.com/en/downloads_videos.aspx
http://www.youtube.com/results?search_query=campanha+mae
Bem, a minha opinião é que ambas as campanhas estão boas mas o 1º prémio é para o original claro.

Melhores cumprimentos,
XôDirector

domingo, setembro 17, 2006

Esperteza da Kellogg’s

Tal como ilustra o título, a marca de cereais Kellogg’s é vista no mercado como uma marca esperta, não pela estratégia que usa a nível de vendas, não pela forma como se posiciona no mercado, mas sim devido à sua mais recente campanha.
A notícia não é recente, mas é verdadeira. O último anúncio da Kellogg’s foi retirado do ar, pois estava a ser acusado de publicidade enganosa. Isto é muito simples, meus amigos, a Autoridade Reguladora da Publicidade Britânica afirma que a comunicação da campanha relata informações enganosas.
A Kellogg’s afirmava na sua campanha que “as crianças que tomem um pequeno – almoço Kellogg’s ficam 9% mais espertas”. Ora, esta afirmação gerou enorme polémica, tendo como consequência 19 queixas apresentadas à Advertising Standards Authoroty, do Reino Unido.
Das 19 queixas em causa, duas eram de personalidades portuguesas, Lili Caneças disse “é um crime este tipo de cereais só funcionarem nas crianças” ao passo que o Cláudio Ramos disse “eu queria mesmo era uns cereais que me tornassem mais feminino, nem que seja só 9%
À guisa de conclusão, a marca de cereais Kellogg’s, defende-se dizendo que só queria realçar o quanto é importante a primeira refeição do dia para a saúde dos mais novos e justifica que a queixa da Lili Caneças não tem fundamento pois ela já nem na segunda meninice está.

Departamento de Paneleirices
Mitra

quinta-feira, setembro 14, 2006

Curtas

Aqui ficam algumas opiniões e notícias sobre o mundo da publicidade:
Marca Zapp: com a assinatura “Zapp, trabalha melhor em equipa”, o anúncio para mim tem uma tremenda vantagem que se chama dar a conhecer a marca, porém penso que a criatividade é francamente baixa e não me parece que cative a maioria dos consumidores. Apesar disto, acabei de comprar este Zapp que se distancia dos outros serviços do mesmo segmento pela melhor relação qualidade – preço.
Marca Vodafone: o novo anúncio dos alertas da Champions League, está algo engraçado, mas penso que não define exactamente o serviço. Pois então lá teremos de ligar para o Apoio Vodafone – 16912.
Marca SLB: (e a pedido do meu grande amigo Máximo) o anúncio do kit em que Rui Costa fala está… divertido. A história do “foi o pior golo da minha vida” fica ao critério de cada um para a avaliação.
No que diz respeito aos hipermercados, estes continuam a sua guerra desenfreada de preços, não havendo distanciamento das diversas, marcas a operar no mercado.
Por último, deixamos a promessa que as actualizações do blog vão voltar a ser mais regulares, depois do período de Verão.

Melhores cumprimentos,
XôDirector

domingo, setembro 03, 2006

Caixa Futebol Campus

A notícia não é recente, mas dá que pensar. Em meados de Agosto, após a escolha de cinco possíveis nomes, foi encontrado o naming para o novo centro de estágio do Sport Lisboa e Benfica, no Seixal. O nome escolhido foi Caixa Futebol Campus, após um acordo de parecia entre o clube da Luz e a Caixa Geral de Depósitos, numa ligação com a duração de 10 anos. Até aqui, nada de mal (sendo eu doente pelo Sporting), até porque a Academia do Sporting em Alcochete também passou recentemente o seu naming para a marca desportiva alemã Puma, passando a chamar-se Academia Puma Sporting. Mas é algo que, pessoalmente não me deixa sossegado.

No estrangeiro, poucos são os estádios que foram construídos recentemente e que não lhe é atribuído um naming pelos acordos ou ligações que os clubes estabelecem com as mais diversas marcas e instituições. Estádios como os do Arsenal (Emirates Stadium), ou o do Bayern Munique e Munique 1860 (Allianz Arena), ou as constantes aquisições de clubes (maioritariamente ingleses) por parte de multimilionários, que na sua grande maioria nem se sabe como chegaram a esse estatuto, são exemplos disso mesmo. Esta medida começa a ser adoptada cada vez mais frequentemente no estrangeiro e, financeiramente, está mais do que provado que é viável. Mas talvez a questão da identidade de cada clube, a mística de que tanto se fala, não seja salvaguardada.

Tudo bem que a mudança de um simples nome não é nada mais do que isso mesmo, um nome. Mas para muitos, principalmente para os mais fervorosos e fanáticos adeptos, o nome é a transmissão dos valores e da identidade dos clubes para o público. Todos nós sabemos que o amor e a ligação que se tem com um clube é mais forte do que, muitas vezes, pelas próprias pessoas, o que é algo incompreensível. No entanto, a associação dos nomes dos clubes a empresas pode denunciar uma perda dessa mesma identidade. Ou então talvez eu esteja enganado.

Olhando para a ligação entre a CGD e o Benfica, é preocupante. Se eu fosse benfiquista ficava preocupado, pelo simples facto de ser uma ligação tão extensa (10 anos), mas acima de tudo, porque no novo centro de estágio do Seixal, o nome Benfica não consta no nome que foi aprovado por 5 mil sócios. Alguém que se encontre alheio à ligação que está por detrás deste nome, nem sonha que o centro de estágio é do Benfica. Não digo isto porque a Academia do Sporting tem o nome da marca Sporting no novo nome. Digo sim porque estes novos métodos de trabalho e de treino e que estão directamente associados a uma nova postura e maneira de estar dos clubes, deveriam estar agregados directamente ao clube, e por consequência disso mesmo, aos valores, à identidade e mística que lhe são reconhecidas, como é o caso do Benfica. O dinheiro nem sempre é tudo, e talvez até mais vale não ganhar tanto dinheiro e manter o nome da marca.

Mas nem sempre é fácil pensar dessa forma. As necessidades do mercado futebolístico exigem um maior esforço por parte dos clubes e muitas vezes estes têm de abdicar de certas posturas, e as empresas com maior capital do respectivo país têm noção dessa mesma realidade, apostando e investindo em ligações com os clubes, a fim de promover também a sua imagem junto dos adeptos. No caso particular da ligação entre CGD e Benfica, por ser o clube com mais adeptos dentro e fora do país, a CGD aproveita para se aproximar também daqueles que também se encontram no estrangeiro, dando sequência ao novo posicionamento da instituição junto dos portugueses espalhados pelos quatro cantos do mundo. E é perfeitamente natural que as empresas investidoras também tenham os seus interesses e queiram lucrar com estas mesmas ligações. É complicado, diria até impossível, exigir como adepto de futebol que os clubes e as suas gestões, principalmente em Portugal, se tornem auto-suficientes. Mas eu gosto de sonhar.

Não sou nem nunca serei um dirigente desportivo - nem me considero uma pessoa retrógrada ou conservadora -, mas se a gestão de um clube passasse pelas minhas mãos talvez pensasse mais do que uma vez nestas decisões de cedências de namings e afins, e não seria tão obcecado com dinheiro. Mas isso vale o que vale, e por isso é que eu ainda sou estudante.
Departamento de Enchimento de Chouriços,
Jiggy Black