Ganhas pouco ganhas

Tal como ilustra o título, estou indignado com os valores que se pode ganhar a fazer “uns reclames” a nível internacional. A revista Adweek fez um ranking com os famosos americanos que mais facturam com acordos de publicidade, onde encontramos caras famosas do mundo da sétima arte.
Passo então a citar o ranking atrás referido: “No primeiro lugar está a actriz Catherine Zeta-Jones contratada pela TMobile por 20 milhões de dólares, seguida de Angelina Jolie, que deu a cara pela St John por mais de 12 milhões de dólares e Nicole Kidman, que fez a campanha da Chanel No 5 por 12 milhões de dólares. Outra cara bonita, Jessica Simpson fez publicidade da Guthy-Renker e recebeu 7,5 milhões de dólares, e Gwyneth Paltrow com a publicidade para a Estee Lauder terá recebido mais de seis milhões. No ranking segue-se Charlize Theron (que com a publicidade da Dior recebeu 6 milhões de dólares), Julia Roberts (publicidade da Gianfranco Ferré que rendeu 5 milhões de dólares), Brad Pitt, único nome masculino a salientar talvez devido a sua “simpatia” (em campanha para a Heineken ganhou 4 milhões de dólares) e Scarlett Johansson e Penélope Cruz (deram a cara pela L'Oreal e receberam, cada uma, 4 milhões de dólares”
Ora pois que, após ser confrontado com estes valores… comecei a ter pena de um Pedro Tochas e a sua Frize, de uma Fernanda Serrano ou de um José Mourinho, quiçá de Cristiano Ronaldo… mas isto passou-me logo após ter entregue meu IRS e após ter pago a minha mensalidade.
À guisa de conclusão, começo a ficar na dúvida de a minha independência financeira está na criatividade e na elaboração de campanhas publicitárias, ou se no acto de proferir frases como “ólarila!”, “muda-de-ice tea” ou “mini mini preço”.

Departamento de Paneleirices
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